Numa folha de papel meus olhares infames voam, voam.
Desenham a solidão debaixo da chuva, debaixo do medo.
E trazem vagas lembranças de todos os meus dias vazios.
Que contornei procurando outros capotes quentes de frio.
Acordarei amanhã, uma visão vaga na janela, e verei amarelo.
Um céu pintado de todas as cores do universo.
Tantas pessoas dançando e amando amar o que chamam de vida.
Abrindo o caderno e chorando uma história colorida.
Diante de toda a beleza que diz melhorar tudo com o que traz.
Pensamentos que giram, rodopiam como gaivotas de papel, me tonteando.
E busco a fuga momentânea num copo cheio de nada.
E busco a fuga eterna abrindo a mente pro que me mata.
Texto escrito por Aghata Miranda em novembro de 2010.
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